terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pilhas e baterias usadas devem ter destino especial

Pilhas e baterias usadas devem ter destino especial

Kirna Mota Nascimento - Redação Saúde Plena


Pilhas e baterias usadas são classificadas como lixo perigoso, mas ao contrário do que se pensa, elas não emitem radioatividade. Omaior problema são as pilhas fabricadas com grandes quantidades de metais pesados como cádmio, mercúrio, chumbo e seus compostos. Essas substâncias são altamente tóxicas - algumas até cancerígenas, de efeito cumulativo no organismo - e, dependendo da concentração, podem causar, a longo prazo, complicações respiratórias e renais.

Misturadas ao lixo doméstico em aterros comuns, elas contaminam o solo, lençóis de água subterrâneos e lavouras.

Vale ressaltar que essa situação melhorou um pouco nos últimos anos, pois vêm sendo produzidas pilhas com menores concentrações desses metais - como as alcalinas, cujos resíduos são bem menos tóxicos para o ambiente, além da população estar se conscientizando do problema.

Existe uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em vigor desde julho de 2000, que estabelece como responsabilidade dos fabricantes e importadores a coleta de pilhas usadas, para que tenham destinação adequada: aterros industriais especiais para resíduos químicos perigosos.

Esses aterros consistem de valas com diversas camadas de impermeabilização para evitar vazamentos. São também equipados com sistemas de tratamento para gases e líquidos. Mas, apesar da resolução do Conama, pouquíssimos pontos de coleta de pilhas foram instalados no país.

Cabe a população cobrar do Conama uma maior fiscalização, além de pressionar os fabricantes de pilhas e baterias a darem o destino correto aos produtos. O consumidor tem o maior poder nessa missão, pois ele pode escolher comprar apenas de empresas conscientes.

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